Prepare-se para mergulhar numa breve aventura. Um roteiro que leva menos de cinco dias, se você tiver pressa, para descobrir um novo Pernambuco no lado do interior. A opção número dois seria optar por uma das cidades e curtir a fé, o artesanato, a raiz cultural que nasce longe da capital.
Frei Dimas José Marceno, artesão que trabalha com vitrais, em Bom Conselho Foto: Alexandre Gondim/Divulgação |
Quer começar por Belo Jardim? Então faça o seguinte: A cidade fica distante 180 km do Recife e se tornou conhecida por seus festejos juninos. O município mostra que tem muito mais do que as tradições do São João e revela atrativos naturais, como as cachoeiras. As mais visitadas são a Grutião e a Engenho Tira-Teima, que está inserida num engenho de aguardente e rapadura de produção artesanal.
Outros atrativos interessantes são a Corredeira do Espalhadeira; a Fazenda Inhumas; a Serra do Caboclo; o mirante da Serra Verde; a Barragem do Bitury; o distrito de Xucurus; o Jardim Botânico Municipal; o Parque dos Eucaliptos e a Igreja de São Vicente Férrer, construída em 1815.
Para quem gosta de artesanato, Belo Jardim conta com o Centro Tareco e Mariola, só com peças de artesões locais. Em fase de construção, o Santuário de Nossa Senhora de Todos já pode ser visitado.
Pertinho de Belo Jardim, fica a Serra dos Ventos, um pequeno e tranqüilo vilarejo, que em meio as humildes casas revela o atelier da artista plástica Ana Veloso, que é aberto aos turistas. A pintora faz um trabalho junto com a comunidade para incentivar a arte entre os jovens. Vale a pena participar do projeto.
Mais na frente um pouco, a próxima parada é Poção, que conta com dois distritos: Gravatá e Pão de Açúcar de Poção. Nele a dica é encarar a área indígena e viver a cultura local.
Berço da renascença, que 90% da comunidade trabalha com a renda, Poção tem em praticamente todas as casas a plaquinha "Vende-se peças de renascença". Quem quiser conhecer como é feita essa produção numa fábrica, a Noemi Renascença é aberta para os turistas conhecerem de perto como tudo é produzido.
Além da arte, o município conta também com belezas naturais como a Cachoeira do Inverno, Sítio do Meio, onde fica a nascente do Rio Capibaribe, ideal para quem gosta de trilhas. A religião ganha espaço no Cruzeiro, um centro bíblico para Romaria, que no Domingo de Ramos chega a receber 40 mil turistas. Durante o ano, todo dia 13 é celebrada missa no local. É no Cruzeiro onde estão os quatro pés de jequitibá de Pernambuco.
De lá, antes de seguir para o Vale do Catimbau, em Buique, formado por um complexo de serras, vales e rochas, distribuídos em 90.000 hectares. Faça um pit stop em Garanhuns e relaxe na Cidade das Flores. A Suíça pernambucana ainda faz frio de dez graus ao anoitecer e tem bons restaurantes, duas salas de cinema (que merece ser visitado) e seus atrativos turísticos: como, no final do dia, o saboroso chocolate
Sete Colinas,a tradicional foto no relógio das flores, o santuário Mãe Rainha, que fica na colina do Triunfo e o horário de visitação vai até às 17h.
Mais 40 minutos de carro e você chega no Vale que tem muitos atrativos: áreas arqueológicas (Serra de Jerusalém, Serra do Cobaça, Serra dos Breus, Serra do Elefante e Serra da Torre), cemitérios indígenas, cavernas, fontes d'água e a Reserva Indígena Kapinawá.
O Vale é ideal para quem curte trilhas. Por lá, o turista tem até nove opções, de meia hora a três horas de duração e de carro ou a pé. Entre uma trilha e outra, vale uma parada no atelier de Zé Bezerra, um escultor que transforma madeira morta em escultura bruta. Na frente da casa dele, um jardim de esculturas de animais.
Bom Conselho - Já pronto para voltar, outro município rico em turismo é Bom Conselho. Oferece como principais atrativos as suas cachoeiras (do Pinto e da Rainha Isabel) e a Corredeira "Poço da Nêga"; a igreja do Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho (século 19) - com seus santos antigos feitosem papel maché; a Matriz da Sagrada Família (século 19); a ermida de Santa Terezinha; o prédio da antiga Cadeia Pública; o "Buraco do Bulandi" ou Caverna dos Flamengos; o Açude da Nação e a grande feira livre. Na arte, ressaltam-se o artesanato, com a produção de belos santos em madeira, e o folclore, onde imperam as vaquejadas e as cavalhadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário