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terça-feira, 3 de julho de 2012

Deputado Federal João Campos (PSDB-GO) deveria exterminar a estupidez

Deputado deveria exterminar a estupidez, afirma psiquiatra sobre cura gay. A homossexualidade não é doença, apesar de que há algumas décadas os manuais psiquiátricos a incluíssem no rol das patologias mentais. A Classificação Internacional de Doenças em sua décima edição, a CID-10, diz que "a orientação sexual, por si só, não deve ser considerada um transtorno"
.
Só se fala em cura, caso se fale em doença. Nada de falar em cura para a homossexualidade. Porém, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei do Deputado Federal João Campos (PSDB-GO), não por acaso o líder da bancada evangélica da Câmara, cujo objetivo é suspender dois dispositivos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que orientam os profissionais da área a não usar a mídia para reforçar preconceitos contra os homossexuais nem propor tratamento para curá-los.
São estes os dispositivos:

-"os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades";
-"os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".
Com a revogação desses dispositivos, podemos ver por aí, em breve, profissionais da área de saúde mental livremente oferecendo os seus serviços para a cura, não sei com que embasamento científico, de gays e lésbicas.
A orientação sexual descreve o objeto de desejo sexual de uma pessoa, no caso, heterossexual (sexo oposto), homossexual (mesmo sexo) ou bissexual (ambos os sexos). A sua formação é algo bastante complexa e os seus determinantes são ainda enigmáticos. Certamente, depende de fatores genéticos, biológicos e ambientais que se entrelaçam.
Não existem estudos que apontem que os homossexuais apresentem maior probabilidade de ter transtorno mental em relação aos heterossexuais. Mas convenhamos que a nossa sociedade não aceita tão bem a homossexualidade e a todo o momento vemos na mídia atitudes de preconceito e de discriminação, quando não de violência em relação aos homossexuais. Pior ainda é o auto-estigma, quando alguém que é homossexual tem raiva de si mesmo, se sente culpada por sua orientação. É claro que tais situações podem favorecer o aparecimento de transtornos tais como: a depressão e a ansiedade.
O processo de "sair do armário", a depender do meio familiar e sociocultural, pode ser fonte geradora de muita angústia para o homossexual. Pode-se ver que a questão da orientação sexual pode ser fonte geradora de conflitos psíquicos que, a depender da gravidade, podem requerer um tratamento especializado, psicológico ou psiquiátrico. Mas o tratamento, deixo claro, é para as sua angústias, não para a sua orientação sexual.
Talvez o nosso nobre deputado pudesse fazer um bem maior à nossa sociedade ao propor um projeto de lei para exterminar a estupidez humana.
*Deyvis Rocha é médico psiquiatra em São Paulo com experiência nas áreas de Ansiedade, Transtorno bipolar, Depressão, Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), Transtorno do pânico, Esquizofrenia, Abuso ou dependência por álcool e drogas, Transtorno de estresse pós-traumático, Fobia social, Fobia simples, Dismorfofobia corporal e Transtornos de personalidade. www.deyvisrocha.com
Fonte: Mix Brasil

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