O segundo bairro mais populoso de Maceió, o Jacintinho, também é famoso por ser um exemplo de diversidade cultural e religiosa. O que pouca gente sabe é que, no bairro, existe uma casa de orações bem diferente das tradicionais. Na Rua Major Joaquim Calheiros, número 44, já está aberta ao público a Comunidade Cristã Nova Esperança. Fundada pelo estudante de Tecnologia da Informação Anderson Rocha da Silva, o recinto tem como objetivo dar apoio espiritual para pessoas que gostam de outras pessoas do mesmo sexo, ou seja, o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Travestis).
Ex-evangélico, Anderson não gosta da expressão “igreja” ou “templo gay”. Ele considera o espaço como uma “célula”, pertencente a uma congregação que se ramifica no Rio de Janeiro, São Paulo, Natal e Recife e que, segundo explica, aceita fiéis de todos os tipos e orientações sexuais, sem preconceito.
O estudante-pastor contou para a Tribuna Independente que aceitou a missão de montar o espaço após sentir necessidade de manifestar a sua condição sexual enquanto “servidor de Jesus Cristo”. “A ideia é nova. Nós começamos com quatro pessoas, mas deixamos de celebrar os cultos por falta de divulgação. Agora estamos retomando. Fiz alguns banners e minha mãe vem me ajudando financeiramente com as despesas da sala. Este sábado, tem culto das 19 às 21 horas, mas normalmente termina mais cedo que isso. Vamos aproveitar a vinda da pastora de Natal, Rejane Neves, e sua esposa, Daniela Modesto, que é a nossa Presbítera”, convida.
Os cultos serão divulgados por meio da internet, principalmente nas redes sociais. “Conheci a Igreja Nova Esperança por meio de redes sociais. E agora queremos divulgar pelo Twitter, Orkut e Facebook”, explicou Anderson.
A mãe de Anderson, Marcilene da Silva, que é evangélica, diz apoiar a decisão do filho. “Eu sirvo a um único Deus que é Jesus Cristo. Ele não fez acepção de pessoas. Por que eu, que sou de carne e osso, vou fazer?”, indaga.
Fonte: ALAGOAS WEB


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